VERDE, AMARELO,AZUL,CAEIRA,BRASIL!

“Nacionalismo é uma demonstração de amor espontâneo pela terra natal, por seu país.”
O futebol é um símbolo na nossa consensual identidade cultural. Processo coletivo motivando o desenvolvimento humano, mas em determinados momentos provocando atitudes arrogantes.
A identidade cultural localizada por Mario de Andrade na inconsciência espontânea reaparece nas cores e nos mosaicos das criações artísticas dos jovens do Caeira 21, motivados pela Copa do Mundo de Futebol.
Motivo de reflexão por parte dos educadores e de alegria e contentamento dos realizadores.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo” Paulo Freire
Confiram as obras de arte!

ESSE BOI É DE PAPELÃO.

“A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.”
“Cada habitante produz em média mais de 1/2 kg de lixo, diariamente. O estilo de vida nos grandes centros urbanos é responsável por enorme volume de lixo com grande impacto ambiental: Plástico, Vidro, Lata, Papel, etc. Este material é de difícil deterioração ficando muitos anos poluindo o meio ambiente (solo, ar e água). Por outro lado, são materiais que podem e devem ser reciclados.”
Com uma proposta artística utilizando os elementos da cultura popular do Boi de Mamão o Projeto Caeira 21 motivou os alunos para uma nova postura sócio ambiental.
Confeccionando os personagens com materiais reciclados: caixas de papelão, garrafas pet, tecidos de fantasias, entre outros, professores de artes plásticas e alunos tiveram a oportunidade da troca de conhecimentos e de experiências de cada região e da multiculturalidade de nosso país.
O folguedo do Boi de Mamão, tradicional brincadeira do litoral catarinense, nos remete as diversas contribuições culturais, oportunidade também, de observarmos a diversidade do território brasileira e as condições de vida de nossa comunidade.
Foi possível abordar a limpeza da quadra de eventos onde acontece o Projeto, a ausência de lixeiras para coleta seletiva no bairro e a responsabilidade individual com o meio ambiente: com a sala de aula, com a rua, com a casa, com a escola.
O “boizinho” se apresentou para a comunidade por ocasião da Festa Junina que reuniu as famílias num ato de valorização das tradições e de integração coletiva.
A Festa foi na quadra de eventos do GRES Consulado
Caeira do Saco dos Limões – Florianópolis
Graça Carneiro

FESTA JUNINA É TRADIÇÃO!

A FESTA JUNINA do Projeto Caeira 21 já é TRADIÇÃO: dança da quadrilha, boi de mamão, forró e muitas comidas e prendas fazem parte da festa com participação dos alunos, equipe, família, amigos, parceiros e colaboradores do Projeto.
Neste Brasil multicultural onde a alegria e o prazer de dançar e cantar integram várias manifestações culturais, tudo é motivo de comemoração.
No Projeto Caeira 21 aproveitamos para oportunizar à nossas crianças e jovens momentos de demonstração de talentos e o conhecimento dos diversos sotaques e tradições de nosso país.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial.
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses.
Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas.
Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos.
Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
A apresentação do ECO BOI foi a grande atração. Confeccionado pelas crianças dentro da proposta de educação ambiental. O "boizinho" rodopiou e foi muito aplaudido.
A quadra do Caeira recebeu mais de 300 pessoas no evento que aconteceu dia 19 de junho de 2010.
A integração das instituições GTCC, AMOCA E GRES CONSULADO possibilitou harmonia, alegria e organização.
Confiram os melhores momentos.

A TORCIDA BRASILEIRA DO CAEIRA 21

Reunidos na ELASE, clube Desportivo parceiro do Projeto Caeira, alunos e professores torceram e vibraram com a vitória da seleção Brasileira na estréia da Copa do Mundo na África do Sul.
Foi um dia especial para as crianças e jovens que participam do TRANSFORMA dança e futebol.
Caracterizados com as cores verde e amarelo todos gritaram: É GOL!
Confiram!

"AFRICANIDADES"

Aproveitando a empolgação dos alunos do Projeto Caeira 21 com a Copa do Mundo na África , estamos mostrando vários aspectos de uma história rica e pouco conhecida.
No dia 11 de junho, a África do Sul será o centro das atenções. Marcada historicamente pelo regime do Apartheid - vigente de 1948 a 1994 -, que segregou social, política e economicamente os negros a nação foi palco de uma importante virada.
Para realização da Copa na construção de cinco estádios e na infraestrutura das cidades que receberão as partidas, o governo investiu 1,1 bilhão de dólares.
Falar e ver a África é uma grande oportunidade para falarmos das contribuições do povo africano à nossa diversidade cultural.
A origem das Escolas de Samba e seus segmentos como a bateria e a ala das baianas são relembrados como as importantes contribuições africanas para nossa música e dança.
Integrar o grupo de crianças e jovens em atividades onde as diferenças e semelhanças podem ser mostradas como um importante mecanismo de igualdade de direitos, deveres e de cidadania tem sido a grande motivação para o trabalho coleltivo.
Dançar, brincar, jogar, cantar e conhecer o significado e origem das palavras que fazem parte do nosso cotidiano são motivos de alegrias, descobertas e prazer.
O livro A ÁFRICA ESTÁ EM NÓS, Africanidades Catarinenses coordenado pela Professora Jeruse Maria Romão tem sido nosso suporte ao plano de aulas e ao fortalecimento das histórias dos negros em Santa Catarina.
Confiram algumas palavras africanas no vocabulário catarinense:
BANZO - tristonho
CAMBADA - bando, corja
CAFUNDÓ – lugar longe
E mais em outros usos: Batucada, canjica, fubá, gamela, gingar, gandaia, gogó, jujuba, lambança, maluca, milonga, mironga, moleque, mochila, pamonha, pinga, samba, sovaco, surra, teteia, umbanda, xereta.
As crianças, os jovens e os sambistas surpreendem-se, divertem-se e aprendem os significados.
Graça Carneiro

TRADIÇÃO E INOVAÇÃO

“A cultura brasileira é dinâmica: expressa relações entre passado, presente e futuro de nossa sociedade.”
O PLANO NACIONAL DE CULTURA – PNC, em suas diretrizes gerais demonstra que a dinâmica cultural não pode ser pensada sem que se leve em conta a dialética entre a tradição e a inovação... As fronteiras entre as expressões populares e eruditas, o conceito de patrimônio histórico, os cânones consagrados das linguagens artísticas e a própria noção de direitos autorais não são concepções estáticas, pois estão em constante processo de atualização. Tudo isso deve ser observado, especialmente sob o ponto de vista das oportunidades e implicações do uso de novas tecnologias de comunicação e informação, que caracterizam o mundo contemporâneo, digital e globalizado.(valores e conceitos do PNC 2010)
Charles Taylor, autor de Multiculturalismo, Diferença e Democracia acredita que toda a política identitária não deveria ultrapassar a liberdade individual. Indivíduos, no seu entender, são únicos e não poderiam ser categorizados. Taylor definiu a democracia como a única alternativa não política para alcançar o reconhecimento do outro, ou seja, da diversidade.
Os blogs, os sites, os twetters são ferramentas rápidas e poderosas para divulgação da informação e da pesquisa, criando oportunidades para o entendimento e respeito a multiculturalidade brasileira.
O carnaval é a maior manifestação cultural desse país trazendo um legado de nossas matrizes culturais mas com muita criatividade e visão de mundo de cada região brasileira.
Neste exato momento Florianópolis incentiva cursos técnicos para trabalhadores do carnaval, nas Escolas de Samba da cidade com realização do SENAC, numa demonstração de reconhecimento da prática da produção artística e da troca de conhecimentos, fortalecendo a economia local.
Na 17ª KIZOMBA, festa da comemoração da contribuição afro, realizada em novembro de 2009, no GRES Consulado, instituímos um FORUM de discussão sobre o reconhecimento das ESCOLAS DE SAMBA como ponto de cultura e sobre a valorização das manifestações culturais e populares de nosso município.
Daremos continuidade a esse debate democrático tendo o PONTÃO DE CULTURA GANESHA, mais uma vez, como nosso proponente para o próximo encontro.
As diversas contribuições culturais, as novas tecnologias digitais não podem trazer sentimentos de desconecxão, insegurança e segregação.

O PRAZER DE DANÇAR!

“ O ESPAÇO SE MOVE COM AS CRIANÇAS E SE COMEÇA A CRIAR COM ELE” Maria Fux
O encontro das crianças com a dança libera energias, libera o medo, possibilita a comunicação dos movimentos.
A dança permite a integração e a parceria, obedecendo o ritmo do corpo e as possibilidades de cada um.
Para as crianças dançar é respirar, dançar é brincadeira, é alegria.
A proposta da oficina de dança do Projeto Caeira 21 é explorar os desejos e os conhecimentos das crianças e jovens e construir com eles um plano de aula baseado no prazer de dançar.
Muitos de nossos alunos já praticam o balé clássico, o hip hop e o samba colocando-os em lugar de destaque e privilegiado diante de outras crianças e jovens da comunidade.
O Plano de Trabalho foi elaborado à partir deste conhecimento, tendo como temática a Fraternidade utilizando os mecanismos da integração da Escola de Samba como referências.
As danças populares passam a ser o alvo da pesquisa e do desenvolvimento das ações do Plano de Aulas.
É preciso visão, intenção e disponibilidade para fazer um passeio pela grandiosa riqueza regional de nosso país proporcionando aos alunos o conhecimento dos ritmos brasileiros.
Das experiências vividas por um e pelo outro socializar o conhecimento construindo um fazer coletivo.
Este é um trabalho de planejamento que exige paciência, reflexão, comprometimento, trocas e avaliações diárias.
Educar-se para a vida!
“Quando eu e o outro nos encontramos cada um se descortina” Madalena Freire
Graça Carneiro